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Tapete de R$11 mil: vale ou não vale?

  • Foto do escritor: Queen B Studio
    Queen B Studio
  • 9 de abr.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 10 de abr.


Foi esse post no Threads que incendiou a internet: “é normal um tapete custar 11 mil?” — e a gente resolveu ir além da polêmica e falar sobre o que realmente define valor.
Foi esse post no Threads que incendiou a internet: “é normal um tapete custar 11 mil?” — e a gente resolveu ir além da polêmica e falar sobre o que realmente define valor.

Olar, pessoal da nossa amada Colmeia 🐝


Essa semana, rolou uma daquelas tretas gostosas nas redes sociais. A Mai Purper, humorista (as vezes duvidosa) no Instagram com milhares de seguidores, jogou uma pergunta no Threads:“É normal um tapete custar R$11 mil?”


Simples, direta, quase inocente — mas obviamente sabendo que iria engajar e causar uma avalanche de opiniões.


Gente dizendo que é um absurdo. Outros afirmando que é normal nesse universo de decoração. E uma galera no meio tentando entender como um objeto desses pode (ou não) custar o preço de uma moto sem te fazer voar pelas noites da Arábia como o Aladdin.


Fiquei só observando por um tempo, mas confesso que não resisti. Como designer de interiores, esse é um tema que a gente vive no cotidiano. Então resolvi trazer minha visão por aqui — sem dogma, sem julgamento, e principalmente, sem glamourização.

Porque sim, às vezes o tapete de R$11 mil vale cada centavo. E às vezes, nem de graça ele faria sentido no seu espaço.




Não é sobre o tapete. É sobre o contexto.

Vamos começar pelo básico: tudo depende do contexto.


No mundo do design de interiores, o valor de um item está diretamente ligado a:


  • Como ele foi produzido (artesanal ou industrial?)

  • Quem produziu (marca, artista, coletivo?)

  • Qual o processo envolvido (tempo, técnica, exclusividade?)

  • E o mais importante: pra quem ele é.


Tem cliente nosso que prefere ter uma peça autoral, feita à mão por um artista local, a encher a casa de objetos genéricos. Outros priorizam funcionalidade e praticidade. Nenhum dos dois tá errado. A questão é: o que aquele objeto representa pra você?


A textura, o degradê, o ritmo. Esse tapete é a prova de que um bom design transforma o chão em experiência sensorial. É arte que se pisa com reverência.
A textura, o degradê, o ritmo. Esse tapete é a prova de que um bom design transforma o chão em experiência sensorial. É arte que se pisa com reverência.



Valor não é (só) preço

Essa discussão me lembrou de uma conversa com um casal de clientes aqui da Queen B. Eles tinham visto uma luminária de R$4 mil numa loja e nos fizeram a fatídica pergunta: “Vale tudo isso mesmo?”


Nossa resposta foi outra pergunta: “O que vocês querem que essa luminária represente no projeto de vocês?”


Porque é isso: às vezes, aquela luminária vai ser o ponto focal do ambiente. A peça que segura o conceito inteiro. Outras vezes, ela é só... uma luminária. Se for só pra iluminar, talvez uma de R$300 resolva. Mas se for pra criar atmosfera, contar uma história ou materializar um desejo estético, o jogo muda.


A Deborah na fábrica de tapetes, durante uma das visitas que fizemos pra entender de perto todo o processo artesanal.
A Deborah na fábrica de tapetes, durante uma das visitas que fizemos pra entender de perto todo o processo artesanal.



O feito à mão vs. o produzido em série

Outro ponto da discussão era sobre o tal tapete ser artesanal. E sim, isso muda tudo.

Um tapete feito à mão pode levar semanas (ou até meses) pra ficar pronto. Envolve técnica, erro, acerto, atenção, intenção. Às vezes, é feito por coletivos de mulheres artesãs. Outras vezes, por um único artista que domina aquela técnica há décadas.


Comparar isso com um tapete feito por máquina, em escala industrial, é como comparar um pão de fermentação natural, assado num forno a lenha, com um pão de forma da prateleira do mercado.


Ambos alimentam. Mas um deles carrega história.




“Com R$11 mil eu comprava uma cama, um sofá e ainda sobrava!”

Sim. E ninguém tá dizendo que você não deva fazer isso.


Mas essa lógica “quantidade > qualidade” precisa ser revista quando a gente fala de design com intenção. Em muitos casos, investir numa peça marcante traz mais impacto ao ambiente do que encher a casa de coisas medianas.


Já montamos apartamentos com orçamento enxuto em que um único objeto — seja uma obra de arte, um móvel assinado ou um tapete único — era o coração do projeto. E sabe o que acontece? Esse objeto muda tudo.




E quando não vale?

Agora, sejamos honestos. Tem muito produto no mercado que custa caro sem justificar o valor. A marca cobra alto só pelo status, ou porque se posiciona pra um público que compra sem questionar. E aí sim, o preço não se sustenta.


Por isso, mais do que saber quanto custa, é essencial saber por que custa.


Aqui na Queen B, a gente sempre mostra as opções com transparência, explicando os motivos de cada escolha. Às vezes, o cliente chega com uma referência caríssima, mas quando entende o processo, prefere investir esse valor em outra parte do projeto — e tá tudo certo.


Seu “tapete de 11 mil” pode ser outra coisa: uma guitarra, uma bike, uma peça de roupa, um curso ou uma experiência. Escolher com intenção é o que transforma consumo em conexão.
Seu “tapete de 11 mil” pode ser outra coisa: uma guitarra, uma bike, uma peça de roupa, um curso ou uma experiência. Escolher com intenção é o que transforma consumo em conexão.



O seu tapete de 11 mil pode ser outra coisa

Esse episódio me fez pensar que todo mundo tem um “tapete de 11 mil” em alguma área da vida. Pode ser um curso, uma viagem, uma guitarra, um vestido, uma bike, um perfume.

Aquilo que você escolhe com intenção, mesmo que outras pessoas não entendam. Aquilo que te emociona, te representa, ou simplesmente faz sentido pra você.


No design, o desafio é alinhar esse desejo pessoal com o projeto como um todo — sem cair no impulso ou no ostentação, mas também sem abrir mão daquilo que faz o coração bater mais forte.




Escolher bem é mais importante do que escolher caro

Talvez o maior aprendizado dessa treta toda seja esse: valor tem mais a ver com consciência do que com etiqueta.


Você pode montar um ambiente incrível com um orçamento acessível, se fizer boas escolhas. E pode gastar uma fortuna em um projeto frio, sem alma, se não tiver clareza do que realmente importa pra você.


A gente sempre pergunta por aqui:“O que você quer sentir quando entrar nesse espaço?”A resposta guia todas as decisões.


Design orgânico, quase topográfico. Esse tapete da Punto e Filo é mais do que peça decorativa — é escultura de chão. Pra quem busca presença e fluidez no espaço.
Design orgânico, quase topográfico. Esse tapete da Punto e Filo é mais do que peça decorativa — é escultura de chão. Pra quem busca presença e fluidez no espaço.



E pra quem ainda acha tudo isso um exagero…

Eu entendo. De verdade.


Tem muita coisa no mercado de decoração e arquitetura que é exagerada mesmo — estética demais, sentido de menos. Mas não é por isso que a gente precisa descartar tudo.

Antes de julgar o valor de algo, vale investigar o que existe por trás:


  • Quem fez?

  • Com que intenção?

  • Quanto tempo levou?

  • Qual é o impacto disso no ambiente e na vida de quem vai usar?


Essas perguntas ajudam a separar o que é só caro do que é, de fato, valioso.

Aliás, nós já visitamos uma fábrica de tapetes e vimos de perto o cuidado e a complexidade por trás de cada peça. A Deborah até falou um pouco sobre isso neste vídeo aqui: veja no Instagram


Se puder, assiste com o coração aberto. Vai te ajudar a enxergar os tapetes (e outras tantas coisas) de outro jeito. 💛


Sim, ele custa caro. Mas também segura o ambiente inteiro com identidade. Algumas peças, sejam elas quais forem, não só ocupam o espaço — definem ele.
Sim, ele custa caro. Mas também segura o ambiente inteiro com identidade. Algumas peças, sejam elas quais forem, não só ocupam o espaço — definem ele.


E você, compraria?

Quero saber: você compraria um tapete de R$11 mil? Já comprou alguma coisa “absurdamente cara” que valeu cada centavo? Ou prefere investir seu dinheiro em outras áreas e tudo bem com isso?

Deixa aqui nos comentários — bora seguir essa conversa por aqui, com menos polêmica e mais profundidade.

Um abraço cheio de textura e significado,


See ya, féllas!

Juliano CK

Queen B Studio

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